terça-feira, 31 de março de 2009

Pequenos grandes poetas

COISINHAS À TOA QUE DEIXAM A GENTE FELIZ


Texto produzido pelos alunos da 5ª série C - aulas de leitura e produção de texto.

Usar o computador
Receber muito amor
Nunca sentir dor.

Brincar na chuva
Tomar suco de uva
comer bolinhos de chuva.

Jogar futebol
Soltar pipa sem cerol
Estudar espanhol.

Tomar banho de piscina
Ter disciplina
Encontrar os amigos na esquina.

Comer brigadeiro com a mão
Brincar de rolar no chão
Falar com o coração.

Jogar videogame o dia inteiro
Correr atrás do sorveteiro
Ganhar um monte de dinheiro.

Colher flores no jardim
Arrumar um amigo pra mim
Terminar a brincadeira assim.




Texto produzido pelos alunos da 5ª série B - aulas de leitura e produção de texto.

Comer carne assada
Usar roupa bem passada
Brincar na calçada lavada.
Um lindo céu
Uma dobradura de papel
Um homem com chapéu.
Comer uma coisa diferente
Chamar alguém pra brincar com a gente
Fazer uma coisa inteligente.
Colar figurinha na testa
Fazer uma grande festa
Acampar na floresta.
Chupar pirulito
Picolé de palito
Ficar bem bonito.
Usar o velho chinelo
Construir um castelo
Bater com o martelo.
Brincar com bola
Sujar as mãos de cola
Fugir da escola.
Deitar para sonhar
Sair para passear
Brincar e pular.
Assistir televisão
Comer macarrão com a mão
Dar um abraço no irmão.
Sair na chuva
Lutinha com guarda-chuva
Fazer bolinhos de chuva.
Olhar para o céu
O girar do carrossel
As abelhas que fabricam mel.
Bala de hortelã
Filme do Tarzan
Muito croissant.
Brigadeiro na panela
Arroz doce com canela
Sol batendo na janela.
Sair no final de semana
Dormir em uma cabana
Ganhar muita grana.
De manhazinha acordar
Ver o arco-íris brilhar
Sentir as ondas do mar.
Viver cada dia sem fim
Cuidar das plantinhas do jardim
E terminar o poema assim.

domingo, 29 de março de 2009

quinta-feira, 26 de março de 2009

Governo do Estado de São Paulo inaugura, no centro da capital, espaço interativo dedicado à ciência

O Catavento fica no Palácio das Indústrias, totalmente remodelado, e é fruto de parceria entre as Secretarias Estaduais da Cultura e Educação

“Ora, direis, ouvir estrelas...”, escreveu Olavo Bilac para iniciar o que viria a ser um dos seus poemas mais famosos. O que para o poeta era um recurso lírico tornou-se realidade no século XXI, no centro da cidade de São Paulo. No Catavento, espaço interativo de artes, ciência e conhecimento que o governador José Serra inaugurou hoje (26/3), no antigo Palácio das Indústrias, é possível não só ouvir as estrelas como tocar um meteorito de verdade, encontrar Gandhi em uma escalada, conhecer o corpo humano por dentro, entender como funciona um gerador de energia ou ainda descobrir que o sol, visto de perto, não é tão redondo como parece quando estamos na praia. O evento conta com a presença do secretário de Cultura João Sayad, da secretária de Educação Maria Helena de Guimarães de Castro e do presidente do Conselho de Administração da OS Catavento Cultural e Educacional, Sérgio de Freitas.

Dizer que o Catavento é um mundo pode soar como lugar comum, mas poucas vezes uma frase feita foi tão bem colocada. Em 8 mil metros quadrados de atrações e 250 instalações diferentes, o visitante se depara com o mundo de fato: aquele que o homem encontrou, digamos, pronto, e aquele que ele forjou com seu engenho e arte. A impressão é de que nada ficou de fora: do átomo ao maior planeta do sistema solar. Do menor inseto aos maiores animais da Terra, das leis da física às transformações químicas, do ecossistema à questão da preservação ambiental. Tudo apresentado didaticamente, de maneira lúdica. Mostrando cuidado com os detalhes, as seções ganham iluminação e sons diferentes, contribuindo para criar uma atmosfera ainda mais envolvente.

São quatro seções: Universo, Vida, Engenho e Sociedade. Em todas, vídeos, painéis e maquetes são utilizados como suporte didático, mas o que surpreende é a interatividade de algumas instalações. Podem ser ideias simples, como forjar o chão da lua com a pisada do astronauta Neil Armstrong: colocar o pé por cima dela é inevitável. Ou, então, apertar uma das estrelas que compõem a bandeira do Brasil e saber qual Estado ela representa: um misto de astronomia e geografia. Girar uma manivela e fazer uma pequena cidade inteira se iluminar, com o funcionamento de uma hidrelétrica em miniatura. Experimentar sensações ópticas numa "casa maluca" ou ainda compreender como funciona a eletricidade estática fazendo os cabelos ficarem, literalmente, em pé.

Algumas das instalações interativas podem ser manipuladas sem ajuda - painéis explicam como fazê-lo. Outras necessitam de guias. São os educadores e monitores que interagem nas atividades: eles organizam os jogos de perguntas e respostas, demonstram experimentos de química, ajudam a manipular as engenhocas que comprovam as leis da física, organizam o cinema 3D, explicam as ilusões de óptica, enfim, complementam a experiência do aprendizado com competência e simpatia. No espaço dedicado à nanotecnologia, por exemplo, são eles que promovem uma verdadeira gincana com a garotada, que vai ao delírio. Os gritos de entusiasmo podem ser ouvidos pelos corredores. Aprender pode ser divertido. E muito.

Uma parceria entre as Secretarias de Educação e Cultura

Inspirado nos principais espaços dedicados à iniciação científica do mundo, o Catavento, inaugurado pelo governador José Serra, teve investimento total de R$ 20 milhões. Fruto de uma parceria entre as Secretarias de Estado da Cultura e da Educação, o espaço será administrado pela Organização Social Catavento Cultural e Educacional, sob a supervisão da Secretaria da Cultura. “Existem muitos museus e espaços voltados para o ensino e divulgação do conhecimento científico no mundo e na América Latina, e no Brasil, o Catavento pretende ser o nosso espaço de referência”, explica João Sayad, secretário de Estado da Cultura.

O espaço fará parte do programa “Cultura é Currículo”, da Secretaria da Educação, cujo objetivo é democratizar o acesso de professores e alunos da rede pública estadual a bens e produções culturais e diversificar situações de aprendizagem. “O Catavento é um espaço social e cultural, rico em objetos e ambientes de aprendizagem interativos e informais. É uma verdadeira escola viva, que ajuda a compreender como as coisas funcionam, não só para as crianças, mas a todos que quiserem entender mais sobre o mundo da Ciência”, afirma Sergio Freitas, presidente do Conselho de Administração da OS Catavento Cultural e Educacional.

A estimativa é de que o Catavento receba, até o final do ano, cerca de 15 mil alunos da rede pública estadual, além dos professores que os acompanharão. O espaço será um precioso complemento às atividades de ensino e os alunos poderão voltar mais de uma vez. Se estiverem estudando biologia, concentra-se a turma na ala em que o tema é abordado. Se é física, o mesmo. E assim por diante. Dessa maneira, o professor poderá "mostrar" aos alunos os conceitos apresentados em aula e gerar uma discussão mais efetiva sobre os temas. “São Paulo ganha espaço único no Brasil, unindo educação e ciência. Os estudantes de todo o Estado têm muito a ganhar. Há atrações para diferentes faixas etárias, sempre com a preocupação de ganho pedagógico”, afirma a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Algumas atividades monitoradas – que devem ser agendadas na visita – duram mais de 1 hora. Ou seja, a visita completa pode levar um dia inteiro e, mesmo assim, o visitante fica com a sensação de que faltou ver algo. Todas as seções possuem entradas independentes. Se o desejo for esmiuçar o Universo, o visitante pode ater-se a esta área e voltar em outra oportunidade para conhecer o restante. Se optar pela visita completa, a trajetória garante acesso a áreas livres do Palácio das Indústrias, o que areja o passeio e dá ao visitante a oportunidade de apreciar a arquitetura monumental da construção. O claustro, espécie de jardim interno, abrigará um café – que deve ser instalado até agosto deste ano.

O Catavento contou com o apoio de várias instituições - o Instituto de Astronomia da USP, por exemplo, forneceu materiais e apoio técnico para toda a área do Universo; já a Fundação Faculdade de Medicina entrou com a didática para a explicação das maquetes da instalação “Homem Virtual”, além dos filmes projetados na mesma seção; especializado em educação sexual, o Instituto Kaplan, por sua vez, desenvolveu a instalação sobre gravidez na adolescência e DSTs, enquanto a Escola Politécnica da USP criou o “Passeio Digital”, uma viagem em 3D pelas paisagens do Rio de Janeiro.

Além das instalações, o Catavento possui um auditório com 180 lugares para palestras e cursos e um estúdio de TV. A visita ao espaço é recomendada para crianças a partir dos seis anos, mas é preciso dizer que o Catavento é uma atração para adultos de qualquer idade. Apenas a instalação sobre sexualidade é restrita a adolescentes, a partir de 13 anos. Espera-se que no primeiro ano de funcionamento o espaço receba mais de meio milhão de visitantes de todas as partes do Brasil.

Em tempo: o poema “Ora (direis) ouvir estrelas!”, de Olavo Bilac, pode ser lido na íntegra no Catavento: ilustra a instalação em que o visitante, com fones de ouvido, curte o intrigante som das estrelas. Para conseguir extrair “sons das estrelas”, a radiação eletromagnética, que possui uma freqüência determinada, é transformada em onda sonora, utilizando esta mesma freqüência. Isso pode ser feito para qualquer tipo de objeto celeste. No caso do Catavento, há sons de pulsares (que são estrelas em estágio final de vida), de luas de planetas do Sistema Solar, entre outros sons do Universo.

Alguns destaques do Catavento:

Ø Uma maquete de 1,2m de diâmetro mostra detalhes do Sol. Ao contrário do que percebemos, a superfície do Sol é repleta de rugosidades e estruturas granulares.

Ø Dezenas de fibras ópticas simulam o céu de uma noite estrelada de inverno em São Paulo. Os visitantes se acomodam em pufes e, com a ajuda de monitores, fazem o reconhecimento das principais constelações utilizando uma carta celeste.

Ø Com tecnologia desenvolvida pela Poli/USP, é possível fazer uma viagem aos planetas, às Luas do Sistema Solar e satélites artificiais que orbitam a Terra.

Ø Fragmento de meteorito encontrado na Argentina. Acredita-se que ele caiu na Terra há cerca de 6 mil anos. Foi comprado em Paris, de um especialista no assunto.

Ø O visitante se posiciona em uma marcação e tem a visão do Cruzeiro do Sul conforme a sua altura. Isso mostra que o desenho formado pelas constelações seria diferente se estivéssemos em outro lugar do Universo.

Ø Uma série de botões pode ser acionada na Bandeira do Brasil para que o visitante descubra a qual estrela corresponde àquele Estado.

Ø Uma caverna que reproduz as formações e sons comuns.

Ø Aquários de água salgada, anêmonas, corais e peixes carnívoros e venenosos.

Ø É possível conhecer as estruturas do corpo humano em imagens tridimensionais: projeto realizado pela Faculdade de Medicina da USP.

Ø Instalação com 700 borboletas amazônicas.

Ø Canto dos pássaros: o visitante pode selecionar pássaros em uma tela de computador e escutar, com fones de ouvidos, os respectivos cantos.

Ø Aranhas e escorpiões podem ser observados através de lupas.

Ø Crianças podem observar simultaneamente, com auxílio de um monitor, as estruturas celulares num microscópio com aumento de até 1000 vezes.

Ø Um prisma mostra a decomposição da luz branca nas sete cores que vemos no céu.

Ø O visitante pode entrar numa Bolha de Sabão ou ainda, sem tocá-la, ver uma bexiga estourar.

Ø A instalação “Eletromagnetismo” deixa os cabelos em pé, literalmente!

Ø Na instalação de “Mecânica” é possível ter essa sensação de girar até fica tonto.

Ø Salão Azul – o espaço foi preservado conforme o projeto de restauro realizado por Lina Bo Bardi, em 1992 – e é a parte mais interativa do espaço. Nele há jogos de perguntas e respostas com temas atuais, como aculturação de povos indígenas; o painel Portinari, no qual, com a ajuda de um pincel com sensor infravermelho, o visitante “pinta” a parede, revelando obras do pintor e informações sobre os fatos históricos. A galeria de personagens históricos, na qual o visitante escala uma parede e aproxima-se de retratos de personagens como Gengis Khan, Julio Cesar e Gandhi, que contam suas vidas e aventuras e História das Histórias, um jogo em que cada participante deve tomar decisões estratégicas sobre temas da História Mundial.

Ø O Passeio Digital mostra o Rio de Janeiro em 3D.

Ø Na Nanoaventura, divididos em grupos, os visitantes realizam uma competição de conhecimento e agilidade a respeito de microorganismos e objetos minúsculos.

Ø No Laboratório de Química, monitores e visitantes realizam experiências simples.

Ø No espaço Alertas – conhecer para Prevenir, o jovem visitante apreende sobre a prevenção da gravidez e DSTs. As dinâmicas da sala são realizadas pelo Instituto Kaplan. Reservado a jovens maiores de 13 anos.

SERVIÇO:

Catavento

Onde: Palácio das Indústrias – Parque Dom Pedro II, região central da capital

Quando: De terça a domingo, das 9h às 17h (bilheteria fecha às 16h)

Quanto: R$ 6 e meia-entrada para estudantes e idosos (pagamento só em dinheiro)

Idade mínima para visitação: recomendado para crianças a partir de seis anos

Como chegar: informações no www.cataventocultural.org.br/mapas.asp

Acesso por transporte público: estação de metrô Pedro II e terminal de ônibus do Parque Dom Pedro II

Estacionamento: capacidade para 200 carros. Até 3 horas (somente para visitantes do Catavento): R$ 8

Infraestrutura: acesso para pessoas com deficiência locomotiva; possui ar condicionado

segunda-feira, 23 de março de 2009

terça-feira, 17 de março de 2009

Ainda sobre a Mulher

Mulher

Tem a pitoresca essência do amor,
Coma responsabilidade de delinear destinos...
Tem a cura para quase toda dor,
Com um amor capaz de fazernos peregrinos.

É um ser envolvente
Pois tem o poder de dar a vida.
O seu amor é conquistado assim de repente.
Mas também assiste a muitas partidas.

Sorri mesmo quando seu coração está a chorar
Porque em sua alma habita um amor sem igual.
Ninguém no mundo poderá derrubá-la
Pois tem em si uma força sobrenatural.

Seu amor vai além de dar a vida,
Vai além de delinear destinos,
Vai além de preconceitos
E vence até a morte...

Por que é tão forte?
Por que é tão amorosa?
Não tem explicação.
Isso é simplesmente ser MULHER.

Jéssica Castro - aluna do 1ºC

Nossos alunos fazendo Arte

Parabéns aos nossos alunos pela bela apresentação em homenagem ao Dia Internacional da Mulher












quarta-feira, 4 de março de 2009

Dia Internacional da mulher

8 de março: CONQUISTAS E CONTROVERSAS
Eva Alterman Blay

Resumo:
O Dia Internacional da Mulher foi proposto por Clara Zetkin em 1910 no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas. Nos anos posteriores a 1970 este Dia passou a ser associado a um incêndio que ocorreu em Nova Iorque em 1911. Neste artigo procuro recuperar a história do Dia 8 de Março e as distorções que têm sido feitas sobre ele e sobre a luta feminista.

Palavras-chave: história do feminismo, operárias judias, operárias italianas, política, movimentos sociais.

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2001000200016&script=sci_arttext&tlng=pt%23t13

domingo, 1 de março de 2009

Corpo humano e Saúde Sorvete saúde Uma nova versão dessa delícia foi inventada pelos cientistas. E sabe o que ela contém? Bactérias!

Se você acha sorvete algo muito gostoso, agora tem uma razão a mais para consumir essa delícia: pesquisadores desenvolveram uma versão com propriedades probióticas. Complicou? Pois é fácil de entender: trata-se de um sorvete que leva microorganismos em sua receita – bactérias que, dentro de nosso organismo, contribuem para manter a nossa saúde!

Para início de conversa, consumir bactérias não parece muito convidativo, nem apetitoso. Mas a história não é bem assim. Os probióticos são organismos microscópicos, não podemos vê-los, mas quando os ingerimos no sorvete, por exemplo, eles fazem com que o nosso intestino funcione corretamente, produzem vitaminas e impedem que outras bactérias, que provocam doenças, cresçam dentro de nosso corpo.

Além de saudável, porém, o sorvete com probióticos é gostoso. Ao menos é o que garante quem o criou! “O objetivo da minha pesquisa foi desenvolver sorvetes com propriedades probióticas e com sabor agradável de frutas tropicais pouco exploradas comercialmente, como o cajá e a acerola”, conta Carmen Trindade, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, da Universidade de São Paulo, responsável pelo trabalho.

Receita de saúde
Para fazer o sorvete, Carmen adicionou, ao leite usado na fabricação do produto, os probióticos. Ali, os microrganismos liberaram vitaminas e ácidos que fazem bem à nossa saúde, por meio de um processo chamado fermentação. Sabendo, porém, que os ácidos liberados poderiam alterar o gosto do sorvete, Carmem optou por frutas com sabores marcantes para preparar a delícia gelada. Assim, pôde disfarçar o gosto diferente e ainda tornar o alimento mais nutritivo. “Nem todo mundo conhece o cajá e a acerola, mas essas frutas são fontes de vitaminas e de sais minerais”, explica.

Produtos com bactérias em sua receita já existem no mercado. Em países como Japão, os probióticos são utilizados para enriquecer vários alimentos. Além dos tradicionais leites fermentados, cereais e frios, como queijos e salames, levam bactérias. No Brasil, alguns produtos disponíveis para venda, como iogurtes, também apresentam um microrganismo desse tipo: os lactobacilos. Porém, o sorvete com probióticos ainda não é encontrado nas gôndolas dos supermercados.

E se você quer saber como, dentro do congelador, as bactérias do sorvete podem resistir ao frio, anote: ao contrário do que podemos pensar, os probióticos, apesar de serem microorganismos sensíveis, agüentam bem o frio e, por isso, a pesquisa foi um sucesso. Na verdade, quando congeladas, as bactérias hibernam, ou seja, não se multiplicam. Apenas quando a temperatura aumenta, elas entram em ação. Então, fique atento. Quem sabe, em breve, o sorvete com bactérias não se torna a novidade do verão?!


Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
27/10/2006


Era uma vez... Sabia que ler contos de fadas estimula a imaginação e ainda pode nos afastar da violência?

Bela Adormecida, Branca de Neve, A Bela e a Fera... Esses e outros contos de fadas são nossos velhos conhecidos. Mas você sabia que ler histórias como essas, além de fazer a gente sonhar, pode nos afastar da violência? Pois é. Uma pesquisa divulgada recentemente sugere que quem costuma ler contos infantis dá menos atenção aos jogos eletrônicos – alguns muito violentos –, solta a imaginação com mais facilidade e, como ouve e lê mais histórias, tem respostas na ponta língua sobre vários assuntos.
O estudo foi feito pelo psicólogo Carlos Brito, da Universidade Católica de Pernambuco, em parceria com suas alunas Karlise Maranhão Lucena e Bruna Roberta Pires Meira. Juntos, eles analisaram a importância da fantasia, presente nos contos de fadas, na vida de crianças como você. Para isso, fizeram uma verdadeira maratona: percorreram lan houses – casas de jogos eletrônicos – e diversas escolas particulares de Pernambuco, que usam formas diferentes de ensinar.

O trio entrevistou 80 meninos e meninas de oito a nove anos, sendo que metade era de colégios que educam de maneira tradicional, onde a criança não tem que dar opiniões e os livros infantis estão sempre ligados às provas. A outra metade entrevistada foram alunos de escolas que optam pela educação construtivista, em que a criança é encorajada a construir seu próprio saber, a desenvolver sua imaginação e a aprender por meio de experiências que vive no dia-a-dia, como ouvir histórias infantis.

Com as entrevistas, Carlos e suas alunas concluíram que as histórias infantis, principalmente no caso das crianças das escolas construtivistas, estimulam a imaginação, a fantasia e ajudam a lidar melhor com a agressividade. Além disso, as crianças que gostam de contos infantis se ligam menos nos jogos eletrônicos e até criticam os games que têm muita violência. Já as matriculadas em escolas tradicionais preferem os videogames – em especial, aqueles que têm luta –, não se interessam muito pelos contos de fadas e até dizem que os livros como esses são feitos para crianças pequenas.

Na conversa com os estudantes, os pesquisadores ainda perceberam que os que gostam de contos de fadas se expressam com mais facilidade em relação aos que não têm muito interesse por essas histórias. “O contato com os livros de literatura infantil, especialmente de contos de fadas, permite às crianças falar, ler e se expressar de maneira harmoniosa, além disso, ela é capaz de analisar e desenvolver certos assuntos com mais facilidade”, diz Carlos Brito.

Depois dessa pesquisa, quem gosta de um bom conto de fadas vai, com certeza, querer ler muito mais. Já os que dizem que não gostam, podem se animar e abrir um bom livro. Afinal, quem não gosta de viajar de graça em tapetes mágicos, carruagens ou até num bom cavalo alazão? Tudo isso é permitido se você soltar a imaginação e experimentar a magia dos contos de fadas.



Cathia Abreu
Ciência Hoje das Crianças
26/09/05

http://cienciahoje.uol.com.br/3830