segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E que venha 2011!!!

A todos que estiveram conosco em 2010, um Ano Novo abençoado!!!!


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Festa de Formatura 2010

Final de ano, tempo de fechamento de ciclo, de renovação e de comemorar conquistas, como muita alegria e certeza de missão cumprida. E foi desse modo que os alunos concluintes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, juntamente com os pais, professores, funcionários, equipe gestora se reuniram para festejar a formatura. E a festa foi pra lá de animada.

Parabéns a todos pela conquista! Muita luz e sabedoria na nova etapa que se inicia agora.

























quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

São tantas histórias...

Como uma das atividades de despedida do Ensino Fundamental e, para alguns, despedida da nossa escola, pois trilharão outros caminhos daqui em diante - COTEC, COTEL, Alfredo de Barros Santos - os alunos das oitavas séries relataram as experiências vividas aqui. Os relatos ficaram lindos, emocionantes. Compartilho aqui com vocês o texto produzido pela aluna Thaís Domingues, da oitava série C.


Minha vida na escola Dinah

Era dezoito de fevereiro de 2007. Eu me lembro como se fosse hoje. Era o primeiro dia de aula; eu não conhecia ninguém, estava muito nervosa e envergonhada. Até para cantar o Hino Nacional eu estava tremendo, parece até piada, mas é verdade. Eu entrei na 5ªD, sem saber o que estava fazendo ali. O tempo foi passando e pouco a pouco fui fazendo amizades, mas ainda tinha vergonha.

Depois de um tempo já havia me apegado a algumas pessoas. Eu me lembro também que fizemos uma atividade muito legal e interessante nas aulas de português. Nós trocamos cartas com alunos de outra cidade, de Itápolis. Foi uma experiência muito boa, a atividade mais legal que já fiz.

Por outro lado, também fiz muitas besteiras. Uma vez até bati em uma menina que me provocou, mas ela aprendeu a lição e hoje tem medo de mim.

Passei de ano e fui para a 6ª. Nossa! Nessa sala realmente não conhecia ninguém. Entrei, sentei e nem olhei para os lados. Depois de alguns dias uma menina da minha rua veio falar comigo. Parecia um milagre, pensei comigo. Aí a gente se conheceu melhor, fui sentar ao lado dela e viramos amigas.

Mas depois de um tempo, parecia que minha vida tinha virado um pesadelo, todo mundo começou a me “zoar”, não tinha um que não fizesse isso. Eu nem queria ir mais pra escola. Falei com minha mãe, mas eles continuaram, cada dia piorava. Resumindo, foi o pior ano que tive na escola. Só tristeza, decepção.

Passei de série novamente e fui parar na 7ªC. Tudo de novo, não conhecia ninguém. Parecia até filme de terror. Com muita vergonha, sentei no meu lugar. Fui parar lá no fundão junto com alguns meninos. Aí vieram as provas, trabalhos...só tirava nota vermelha. Por que será, né? Porque sentava no fundão junto com os meninos, mais conversava que fazia as atividades.

Até que chegou o meio do ano e entrou uma aluna nova que chamava Mayumi. Ela é uma menina muito legal. Um dia me chamou para sentar perto dela. Eu fui. As amigas dela – Nathália, Bianca, Nathalinha, Gabriela, Mirella – também foram sentar junto com a gente. Começamos a conversar e elas se tornaram minhas amigas. Comecei a tirar só nota azul, mas tinha que melhorar mais.

Passei de ano e fui para a 8ªC. Eu torcendo para que todas elas caíssem na minha sala, para não acontecer tudo de novo, só tristeza. E, graças a Deus elas caíram. Hoje tenho várias amigas e sou muito feliz por isso. Agora realmente dá pra contar a minha história com um grande sorriso no rosto. 8ªC, sala mais “loka”, divertida, brincalhona. Nossa, não tenho nem palavras! Além disso, minhas notas melhoraram muito por ter seguido os conselhos das minhas amigas. Amizade como a delas é para o resto da vida. São tudo para mim, a minha segunda família, ou até mesmo a primeira. Nossa, sora! Se eu for escrever tudo que vivi nessa sala, meu caderno vai acabar. Isso sem falar nos professores que me ensinaram muito, com o a senhora. Posso não prestar muita atenção nas aulas, mas está tudo gravado aqui, o suficiente para eu me tornar alguém. Sora, obrigada por tudo e desculpe por tudo também. Pode ter certeza que a senhora é uma pessoa muito especial, não só para mim como para todos.

Deixo aqui um pouquinho da minha história, desde a quinta até a oitava série. Espero que o ano que vem seja melhor ainda.

Muito obrigada mesmo!

Thaís Domingues

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho


Para concluir o trabalho com o gênero contos de fada, desenvolvido nas aulas de Leitura e Produção de Textos, os alunos das quintas séries foram desafiados a criar novas versões para a "Chapeuzinho Vermelho". E o resultado não poderia ter sido melhor! Confira aqui duas dessas versões.

E aí, tudo beleza? Sou a Madu, melhor amiga do Lobo. Morro de inveja daquela bruaca da Chapeuzinho Azul, ou será Rosa, Cor de Abóbora...tanto faz, vocês entenderam, né?

Bom, sou apaixonada pelo Lobo, mas ele vive me pedindo conselhos, sugestões para conquistar o coração de pedra da Chapeuzinho, como o amo, o ajudei. Certo dia, escrevi uma carta para que Lobo entregasse a Chapeuzinho com se ele tivesse escrito, contando o que ele sente por ela.

Meu amor foi correndo até ela fazer aquela declaração. A chatonilda saiu correndo com aquela baita cesta de sei lá o que. Lobo, então, a segurou pelo braço para entregar-lhe a carta, ela ficou esperneando, gritando! Ele jogou a carta dentro da cesta e foi dar a ela o que era para ser meu, um beijo.

Ela achou que ele queria comê-la, mas lobos da nossa espécie não comem qualquer porcaria que veem pela frente. A imprensa que estava gravando uma entrevista com o Janjão, o único porquinho que sobrou dos três, daquela outra história, escutou a gritaria “antecipadinha” que nem sabia o que estava acontecendo e foi lá pra ver.

Aí, pronto! Chamaram a polícia, prenderam o Lobo e de no que deu. Agora, pra variar, todo lobo é mau. Fomos difamados!

Fala sério, viu! Não vou mais poder ver o meu amor e dizer a ele o quanto o amo.

Ah, se você vir a Chapeuzinho em algum lugar, diga a ela que quero acertar umas contas.

Juliene Rezende, 5ªB

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Olá, eu vou contar a verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho. Eu sou Léo, o lobo. Tenho fama de ser mau, mas não sou. Foi tudo um mal entendido.

Começou assim: como estava, naquele momento, meio preocupado com as contas, resolvi esfriar a cabeça passeando pelo bosque. Vi a Chapeuzinho andando de bicicleta e percebi que havia caído um papel da cestinha que ela estava carregando. Fui ver o que era, era uma prova de Ciências, na qual Chapeuzinho tirou dez.

Não a conheço muito bem, mas sei que ela é estudiosa, que presta atenção nas aulas, pelos comentários de sua avó. Sou amigo da vovó, vou lá de vez em quando, trocamos algumas ideias, tomamos chá. Resolvi ir até lá entregar a prova da Chapeuzinho, pois pensei: Ela deve estar indo pra casa da avó. Fui até lá.

Quando cheguei vi que Chapeuzinho ainda não estava lá. Resolvi esperar. Quando fui bater na porta, vi que ela estava aberta. Entrei e não vi a vovó. Havia um grande bolo sobre a mesa e como estava com fome e como estava com fome comi todo ele. Sei que isso não foi educado, mas estava com fome, ué! Me empanturrei.

Foi quando pensei que a Chapeuzinho iria se assustar ao me ver ali. Então peguei a roupa da vovó, deitei na cama e esperei. Depois de uns cinco minutos chegou Chapeuzinho. Falei pra ela entrar, ela entrou e começou a falar muito:

- Que olhos grandes você tem!

- Que nariz grande você tem!

- Que orelhas grandes você tem!

Quando ela foi falar da minha boca, o ratinho de estimação da vovó me mordeu bem no rabo. Eu gritei e a Chapeuzinho pensou que eu queria comê-la. E vendo minha barriga estufada achou que também tinha comido sua vó. Chapéu chamou o caçador e ele, a polícia que me encontrou brigando com a Chapeuzinho, de barriga estufada e me prendeu.

A vovó foi encontrada um pouco depois, dentro do armário. Disse que quando estava arrumando o armário a porta bateu e ela caiu lá desmaiada, mas ninguém acreditou. Aí eu passei todo esse tempo na prisão.

-Já pode ir para a casa agora, senhor Lobo. Está livre.

-Obrigado, senhor delegado.

Débora, 5ªB

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E nossos alunos continuam produzindo...

Ética na política

Se falta algo na política, podemos dizer que o que falta é a ética, e se falta ética na política faltam também moradias, hospitais, escolas etc.

No nosso cotidiano vemos muitos e muitos políticos corruptos, ou seja, políticos antiéticos, que nos roubam, mas não são punidos, não vão presos... Quando vemos isso acontecer, temos uma sensação de que as leis foram feitas para os pobres, pois se um pai rouba uma bolacha para dar a seus filhos, ele vai preso na hora, punido imediatamente, porque o dinheiro com que ele poderia estar fazendo uma compra para sua família, está parado em cuecas e meias de muitos políticos.

Podemos ter uma parcela de culpa neste episódio, porque se um pobre rouba, o caso jamais é esquecido pela sociedade, se for um deputado, na próxima eleição ele bota a cara como candidato, e o crime vira um caso esquecido e o povo vota nele mesmo assim, sabendo que roubou e vai continuar roubando.

Por causa desses políticos sem ética, acabam manchando a imagem de muitos outros políticos éticos que estão lá batalhando por nós e por um Brasil melhor.

Para que as falhas não voltem a ocorrer, temos que antes das eleições estudar muito nossos candidatos, verificar se eles já se envolveram em alguns escândalos políticos, quando chegar na urna, é escolhermos não o melhor para ele, nem para nós! E sim para o país.

Alan Augusto 2º B

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AUTOBIOGRAFIA

Inspirados na "Autobiografia" de Eliana Maciel (http://elianapmaciel.blogspot.com/2010/10/autobiografia.html), nossos mostraram que merecem nota dez.

AUTOBIOGRAFIAS

Nascida na Santa Casa de Guaratinguetá , no dia 10 de janeiro de 1996, eu já havia derramado minhas primeiras lágrimas, eu já tinha olhado bem para os olhos de minha mãe e me sentia tão amada.

Eu já cresci não sou mais pequenina, não mergulho mais em pocinhas de água da chuva, nem brinco mais de táxi com o carro parado. Mas valeu a pena, valeu ter enterrado formiguinhas no quintal! Afinal um dia eu já pensei em jogar tudo pro ar e sumir do mapa; eu já me iludi; fiz juras de amor em vão; eu já vi minha mãe chorar nas madrugadas a fora . Eu já vi meu pai ir embora de casa, por ter feito sangrar o coração da mulher que mais amo; eu já troquei segredos com minha irmã, que juramos nunca contar, mas logo em seguida todos já sabiam. Eu já fiz castelinhos na areia, mas as ondas os levou com elas; eu já amei e não fui amada; eu já tive medo de escuro; eu já joguei pedrinhas no rio. Eu já fingi que tic-tac era cápsula de remédio; eu já desenhei até um relógio no braço quando criança .

No entanto, ainda falta muito que aprender e eu não vou desistir, pois ainda não pedi perdão por todos os meus erros e falhas, por todas as minhas desobediências e decepções ; eu ainda não vi meu pai sair do alcoolismo , nem vi minha prima se levantar de uma cadeira de rodas; eu ainda não voei de avião, muito menos vi o céu ficar verde-limão, mas se existe fé o controle está em suas mãos, basta ouvir seu coração.

Eu ainda vou alcançar meus sonhos, afinal um sonho que não se persegue é como uma carta que não se lê. Eu ainda vou ser importante, ser mulher de posse, vou ser reconhecida, vou sair pelas nações, vou ser livre, sentir o que o meu coração deseja, eu vou tornar meu sonho possível, sem medo de fracassar, eu vou fazer a diferença por onde eu passar !

“ Em cristo sou mais que vencedora ”

Ana Flávia C. Silva 8ª B

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Meu nome é Juliana, nasci no dia 31 de janeiro de 1995, aqui em Guaratinguetá. Tenho dois irmãos. Já fiz tantas coisas...Já me escondi embaixo da cama para não tomar banho. Já escondi minhas bonecas para ninguém pegar. Já quis ser grande para amar, mas não foi preciso. Já arrumei um namorado quando era criança e achei que o amava, mas nunca mais o vi. Eu já vi o mundo desabar na minha cabeça. Já vi meu pai indo embora pra nunca mais voltar. Já perdi amigos, se é que um dia os tive. Já chorei no Natal e no dia dos pais por não ter meu pai ao meu lado. Já passei por tantas coisas que até parece que tenho uns duzentos anos. Já foram tantas indas e vindas. Já me machucaram muito. Já me fizeram de boba. Já fumei. Já bebi. Já beijei na boca, namorei muito. Já amei e não fui amada e sendo amada, amei. Já desprezei pessoas e me arrependi. Já quis dizer “eu te amo” para meu pai e não pude. Já briguei com minha mãe e quis pedir perdão no mesmo instante. Já pulei de uma goiabeira. Já morri e nasci de novo. Já peguei um gato e fiquei toda e fiquei toda empipocada porque sou alérgica e não sabia. Já perdi a confiança de muitos. Já confundi sentimentos. Já magoei quem me fez feliz. Já senti um cheiro que jamais esqueci. Já fugi de casa e quis voltar no mesmo instante. Já dei tanta risada, até de doer a barriga. Eu ainda não fiz feliz quem realmente merecia. Ainda não pedi perdão aos meus pais. Ainda não consegui o que quero. Ainda não sou totalmente feliz. Ainda não fui à Bahia. Ainda não consegui mudar o meu jeito. Mas eu ainda vou ser motivo de orgulho para meus pais. Ainda vou reconquistar a confiança que perdi. Ainda vou amar incondicionalmente. Ainda vou perdoar quem me magoou. Ainda vou falar para meus pais que os amo. Ainda vou ajudar minha mãe. Ainda vou ser feliz, não importa como, mas vou ser feliz para sempre ou até quando o para sempre durar.

Juliana Figueiredo, 8ªB

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Sou a filha caçula de uma família com cinco pessoas, a mais parecida com a mãe, e a única nascida sem o planejamento de seus pais. Eu já chorei; eu já dei risada; eu já abracei, beijei, caí; eu já dei meus primeiros passos; eu já senti ódio, raiva, felicidade, orgulho; eu já tive o primeiro cachorro; eu já fiz amizades, colegas, inimigos; eu já tirei dez em todas as matérias; eu já tive caneta falhada, folha rasgada; eu já esqueci o livro de português, ciências; eu já briguei; eu já senti ciúmes; eu já me senti a pior pessoa do mundo; eu já senti a morte passar perto; eu já desejei a minha morte; eu já tive amigos que vão ficar pra sempre no meu coração; eu já sou feliz do meu jeito. Eu ainda não alcancei todos os meus sonhos; eu ainda não alcancei meus objetivos; eu ainda não passei por dificuldades que não tivesse solução; eu ainda não disse “te amo” pra quem eu gosto; eu ainda não tive coragem pra fazer algo; eu ainda não me casei; eu ainda não tive filho; eu ainda não viajei pra onde eu quero; eu ainda não passei de ano; eu ainda não fui a shows; eu ainda sou orgulhosa. Eu ainda vou passar de ano; eu ainda quero alcançar meus objetivos, realizar meus sonhos; eu ainda vou ter mais amigos; eu ainda quero ser feliz; eu ainda vou emagrecer; eu ainda vou passar por dias incríveis; eu ainda quero ser amada; eu ainda vou ser falada; eu ainda vou casar; eu ainda quero adotar uma criança; eu ainda vou trabalhar; eu ainda quero dar um grande sentido a minha vida.

Nathalia Rosa, 8ªC

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Meu nome é Bruna, tenho 14 anos. Nasci no dia 25 de março de 1996. Estudo na Escola Dinah Motta Runha. Eu já fui para Campos dos Jordão com a Escola. Já fiquei com o menino mais lindo do Pedregulho. Já para o Conselho Tutelar por engano. Já fui à praia. Já fui ao show do Relação, do Exalta, Turma do Pagode.Já fui ao Carna Lata do Itaguará. Já me apaixonei pela pessoa errada. Já briguei com minha mãe. Já discuti com meu irmão. Já falei mal de várias amigas. Já fui humilhada. Já subi ao palco no show do Revelação. Já fiz, várias vezes, meu amor sofrer. Já participei de campeonatos de vôlei. Já fumei e me arrependi. Já perdoei meu namorado várias vezes. Já colei em provas. Já tentei fugir de casa. Já agredi meu pai várias vezes e me arrependo muito disso. Já roubei dinheiro da minha mãe. Eu ainda não entrei na Guarda. Eu ainda não arrumei trabalho. Ainda não passei de ano. Ainda não levei ocorrência. Eu ainda não deixei de gostar dele. Eu ainda não deixei de responder para minha mãe. Eu ainda irei a vários shows. Ainda irei ao Rio de Janeiro com minha mãe, sentar numa mesa de pagode com o Zeca, Revelação...Ainda vou deixar de responder para minha mãe, de falar mal dos outros. Ainda vou entrar na Aeronáutica. Ainda vou deixar de ser idiota. Ainda vou passar na prova do Alfredão. Ainda vou fazer enfermagem. Ainda vou tirar um dez de matemática. Ainda vou comprar uma Twister, um Crossfox. Ainda vou fazer uma festa de 15 anos, maravilhosa.

Bruna, 8ªA

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Nasci em Guaratinguetá, no dia 28 de novembro de 1995. Sou a primeira e única filha. Meu nome é Bianca. Eu já ri pra esconder uma lágrima. Eu já ri antes de terminar a piada. Eu já escondi um grande amor. Eu chorei por amor. Eu já fui ao cinema com o namorado. Eu já fui ao show do Luan Santana. Eu já sorri ao ver uma flor. Eu já fui ao Hopi Hari. Eu já apanhei de chinelo havaianas. Eu já levei uma cantada. Eu já corri pensando estar sendo perseguida. Eu já fui feliz sem saber. Eu já me arrependi por ter me arrependido. Eu já amei sem saber porque. Eu já... Eu ainda não sei o que quero fazer. Eu ainda não vi a morte. Eu ainda não fui ao Jungle. Eu ainda não realizei meu sonho. Eu ainda não estudei em uma escola particular. Eu ainda não pulei o muro da Dinah. Eu ainda não fugi de casa. Eu ainda vou estudar física quântica. Eu ainda quero me formar. Eu ainda vou amar e ser amada. Eu ainda vou aprender matemática. Eu ainda vou ser feliz a minha maneira. Eu ainda vou vencer a morte. Eu ainda vou...

Bianca, 8ªC


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Eu já briguei com meus pais.

Eu já reclamei da comida.

Eu já gostei de Funk e Restart.

Eu já fiquei de vela altas vezes.

Eu já fiquei bêbada.

Eu já fui a um show de sertanejo.

Eu já amei muito, mais não percebi.

Eu já me cortei.

Eu já chorei de felicidade.

Eu já pedi para morrer.

Eu ainda não tive filhos.

Eu ainda não casei.

Eu ainda não fui ao show da Banda Fresno.

Eu ainda não briguei com os outros na rua.

Eu ainda não fui ao Jungle.

Eu ainda não me declarei.

Eu ainda vou dizer “Te Amo” e valerá muito a pena.

Eu ainda vou ao show do Eyes Set To Kill.

Eu ainda vou conhecer a Saah Menezes e o Déeh.

Eu ainda vou morar em Rondônia.

Eu ainda vou ser skatista profissional.

Denise Sant’Anna, 8ªC

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Inscrições para o CEL

Matrículas Abertas para o Centro de Estudos de Línguas - CEL, na EE Conselheiro Rodrigues Alves, em Guaratinguetá, para alunos da Rede Estadual de Ensino, a partir da 6ª série do Ensino Fundamental.
Cursos: Espanhol, Alemão, Inglês e Italiano para o 1º semestre de 2011
Responsável pelo atendimento: Antonia (Coordenadora do CEL)
Período: até 30/11/2010
Horário: 2ªs, 3ªs e 4ªs feiras das 08:00/11:30 e das 14:00/17:30; 5ªs e 6ªs feiras das 08:00/11:30 horas
Documentos necessários:
Declaração de Escolaridade
Nº do RA escolar
Obs.: A matrícula deverá ser feita pelos pais e/ou responsável.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Releitura

Releitura do conto: O menino, Lygia Fagundes Telles

autora: Millena dos Santos Fontes, 8ªC

Estou decidida a fazer isso e estou no meu direito quantas vezes ele fez isso comigo? Sei lá até perdi as contas, mas meu filho, o que ele ira pensar de mim?

- Avise ao doutor que saimos!
Chegamos ao cinema e procurei na sala de espera, mas meu coração queria que ele não tivesse ali para que meu filho não o visse, então entrei com esperança de que ele já estivesse me esperando com os lugares reservados. Procurei e nada. Então resolvemos nos sentar. Não deixei meu filho trocar de lugar, pois estava esperando-o, até que ele finalmente apareceu. Com medo de que meu filho percebesse, dei a mão a ele bem disfarçadamente, e quando percebi que meu filho já havia nos visto juntos, resolvi ficar. Ele me deu um beijo e disse que precisava ir. O filme não estava nem no meio, mas eu disse que tudo bem, e ele saiu tranquilo como se não estivesse com tanta pressa como eu imaginava.
Resolvi enfim assistir ao filme com meu filho. Rimos muito, mas meu coração estava angustiado, com medo e agitado. Sabia que estava errada em usá-lo desse jeito.
Meu pequeno que ficar tão feliz em ir ao cinema comigo, agora estava sério. Voltou tão preocupado para casa.

Ao abrir a porta foi direto contar o filme ao pai. Observei seu rostinho distante e confuso, queria poder dizer a ele que meu amor por seu pai já não era mais o mesmo, mas ele ainda é uma criança, muito novo pra entender isso.
Beijei seu pai na sua frente para ver se ele esquecia o que havia visto no cinema, mas seu rostinho acabou ficando mais confuso ainda. Então me virei e subi as escadas olhando para trás com medo de que ele contasse algo ao Doutor.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A que ponto chegamos!

Se não bastassem todas as mazelas da nossa Educação, querem agora tirar de nossas crianças o direito de ler Monteiro Lobato. Conselho Nacional de Educação aprova parecer de especialista de Minas que identificou conteúdo 'racista' em um dos clássicos do consagrado autor brasileiro. Recomendação é de que o MEC retire obra das prateleiras das bibliotecas de escolas públicas.

Livro de Monteiro Lobato pode ser vetado por conteúdo racista
Conselho Nacional de Educação aprova parecer de especialista de Minas que identificou conteúdo 'racista' em um dos clássicos do consagrado autor brasileiro. Recomendação é de que o MEC retire obra das prateleiras das bibliotecas de escolas públicas.

Para saber mais, visite:






quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Bela e a Fera

Nossos alunos foram conferir de perto a magia do teatro.

















terça-feira, 7 de setembro de 2010

Qual deve ser o papel da Escola?

Em tempos de SARESP, ENEM, PROVA BRASIL...observamos a corrida dos educadores e instituições educacionais em busca da qualidade de ensino. No entanto, será que estamos realmente preparando nossas crianças e jovens para aquilo que realmente é e será importante para em suas vidas?

Reproduzimos aqui artigo publicado no Blog da Beta que discute essa questão. Vale a pena conferir.


Temos que resolver, de uma vez por todas, o que queremos da educação. Passar em exames baseados no sistema vigente ou desenvolver nossa população para um mundo que está por vir, mas que já apresenta suas demandas de forma concreta agora? Nossas autoridades estão sempre pensando nos exames, dai o problema para atingirmos o que o primeiro mundo conseguiu em 2003. Nós vamos atingir esse mesmo patamar, se tudo correr bem, apenas em 2020! Será que isso é algo desejável? Claro que não. Por que não pensar que devemos mudar o paradigma e tentar sair na frente, propondo um ensino diferenciado e criativo, já que não temos a possibilidade de atingir uma posição de país de primeiro mundo, indo pelo caminho atual. Podemos ser melhores, é claro! A única estratégia inteligente para quem se atrasa muito é mudar totalmente a linha de atuação – tendo em vista que o modelo vigente claramente não está dando certo. Porque os melhores colégios são os que aprovam no ENEM? Antes era o Vestibular: o que mudou? O nome. Não representa melhoria do padrão de qualidade o fato de os jovens passarem nos exames. Significa sim que estão ajustados, adequados, formatados de maneira absoluta àquilo que de mais atrasado existe em termos de modelo educacional.

O que está sendo ensinado aos jovens? Peguem a prova e vejam. Qual a física? Quântica, Teoria da Relatividade? Filosofia? Eles sabem sobre os buracos negros? Já estudam a química quântica? Estudam Imunologia? Sabem da liquefação do oxigênio? Estudam a radiação no átomo de urânio? Sabem da conversão das ondas do rádio em som? O que sabem da mecânica matricial? Sabem que o desenvolvimento mental tem quatro estágios que foram descritos desde 1929?

Poderíamos listar centenas de conhecimentos que não entraram ainda nas escolas e que já figuram nos meios científicos a mais de dois séculos. Não, eles aprendem tudo que está nos livros didáticos, já superados por novas teorias. Em matemática são desafiados a demonstrarem os teoremas de outra forma ou a repetir os modelos dados por seus professores? Tudo é repetição para eles e dai dizerem, no final, que formaram os jovens, o que significa dizer que os colocaram “na forma”.
Ficam os jovens o dia inteiro na escola preparando-se para os exames. Se fosse uma coisa normal, estariam jogando e brincando, pois faz parte do desenvolvimento da espécie. O animal humano tem necessidade de brincar, tudo deve ser um jogo, inclusive a escola que é o principal ponto de encontro dos jovens. O exame viria para verificar aprendizagem, não para verificar se os indivíduos decoraram os pontos dados. A programação escolar deve conter muitas visitas à comunidade, pois os jovens não conhecem nem a cidade onde moram. Não vão ao teatro, exposições, centros culturais, fábricas e centros de produção de alimentos. Se fosse dada uma prova contendo a vida, eles não passariam. Isso acontece porque a vida não tem importância? Porque os pais e educadores estão querendo saber quanto de conteúdo seus alunos e filhos tem acumulado? Todos se esquecem que esses conteúdos não vão servir para nada no futuro, nem sequer no futuro próximo! O mercado de trabalho não quer saber o que eles sabem, mas o que conseguem criar. O importante na era do conhecimento é a CRIATIVIDADE.

Para passar nestes exames, basta um treinamento organizado para todos serem aprovados. Mas para ser criativo, são longos anos trabalhando com uma metodologia diferenciada e nem todos conseguem, no final da empreitada, os resultados ótimos. Logo, e muito difícil trabalhar o jovem para ser criativo, mas esse é o destino do ser humano. Repetir o que já foi feito, as máquinas podem fazer, não sendo trabalho para o homem – esse ficará com a espinhosa tarefa de inventar o novo. Como podemos falar ainda em “conteúdo”? Os professores deveriam estar preparados para propor trabalhos em dinâmica de grupo e o resultado seria sempre diferenciado, pois mesmo com um conteúdo idêntico teremos resultados sempre novos, pois em dinâmica de grupo as combinatórias são diversas. Toda a tecnologia é usada a serviço de uma antiga pedagogia, logo não muda nada. Ela deveria ser utilizada pelos alunos e não pelos professores. Tem que haver uma mudança do ponto de vista. Os alunos é que deveriam dar as aulas: deixem eles falarem. Como diz Lauro de Oliveira Lima “O professor não ensina, ajuda o aluno a aprender”. Seré que os professores entendem a mensagem contida nesta frase? Ele esta dizendo: não falem, não dêem aula expositiva, mesmo que seja com o data-show, porque continua a ser uma aula expositiva com apoio tecnológico. Deixem os jovens lerem, estudarem, fazerem perguntas que esse é o segredo para uma aula realmente interativa. Quem tem que responder são os seus pares; o professor fica apenas como o orientador da aprendizagem. Vamos convencer o professor que o papel dele, modernamente, é ser como o técnico dos times. Ele não joga, deixa os atletas jogarem.

Analisando artigos sobre a questão dos exames, fiquei surpresa em saber que um dos “mandamentos” das escolas que estão no topo do ranking, as chamadas “escolas de sucesso”, é manter um “canal aberto entre professores e alunos”. Surpreendente! E eu que pensei que isso era a regra para ser professor! Então tem gente que ainda não faz isso e se diz educador? Sempre achei que para ser professor, era preciso gostar de estar com os alunos, mas parece que, curiosamente, apenas alguns fazem isso. O Professor Lauro de Oliveira Lima diz que “antes de querer ser um sábio, todo aluno quer ser amado”. Logo, não existe escola sem interação entre corpo docente e discente, e o discurso das tais escolas de sucesso é uma enorme balela – que a gente é obrigado a engolir através da mídia.


Por que será que os jovens precisam ir a escola no sábado e domingo, fazer provas? Será que a semana, em horário integral, não é suficiente para cumprir todas as tarefas? Será que o planejamento foi bem feito? Todos, até mesmo os animais, quando trabalham precisam de descanso, mas parece que as escolas acham que isso é um serviço a mais, que satisfaz aos pais? E os jovens, o que acham deste sacrifício? Eles já acham a escola um sacrifício, quando mais seus sábados e domingos. Estes educadores se acham acima do bem e do mal. Não entendem que estes jovens precisam ler, estudar coisas de seus interesses particulares, se encontrarem, irem ao cinema, pois tudo isso faz parte da vida e todos os anos são únicos em nossas vidas. Fica a sensação de que todo esse movimento angaria dividendos políticos para as autoridades educacionais, que “mostram serviço” à custa de um esforço adicional alheio, onde os que se esforçam não foram consultados sobre a conveniência disso.A presença dos pais na escola deveria ser uma coisa natural, já que a educação é conjunta. Não é possível educar sem a participação efetiva da família, e não há porque tornar isso um fator diferencial? Todos os pais devem estar dentro das escolas de seus filhos para melhorar a interação entre a família e seus educadores. Os pais devem levar a escola suas experiências de vida para transmitirem às novas gerações. Sugiro aos pais preocupados com os exames que seus filhos vão prestar verem o filme “SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS”, porque podem tirar dali alguns ensinamentos preciosos , vendo seus filhos de maneira diferente.

Lembrando ainda que esses jovens definem muito cedo suas carreiras, sem base para isso. No passado, com a permanência das profissões e com a necessidade definir o que se queria fazer antes de entrar na faculdade, isso era uma prática (que já não dava muito certo, mas enfim...). Hoje isso é uma verdadeira charada, porque as profissões estão desaparecendo com muita velocidade, dando lugar a outras tantas que vão surgindo rapidamente, em decorrência da tecnologia envolvida nos processos.
Se há uma exigência que deve ser feita hoje, pelos pais, é de que a escola ensine seus filhos a pensar.

Nada mais.
Beta

sábado, 4 de setembro de 2010

Redes sociais fazem jovens escreverem mais

Reproduzimos aqui matéria do Porta Aprendiz, trata-se de uma discussão entre linguístas e educadores, sobre a relação do jovem com a escrita. Vale a pena conferir.


Desirèe Luíse,
Portal Aprendiz

Os jovens nunca escreveram e se expressaram tanto como atualmente. A conclusão é de especialistas em linguística e educadores presentes no debate “A língua praticada nas redes sociais e a construção da identidade”, que aconteceu no sábado (14/8), na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

Com as redes sociais, o jovem pode se expressar de maneira a afirmar melhor sua identidade, já que não é obrigado a produzir apenas o que o professor determina em sala de aula. “O fato de escrever mais é importante para percebermos a identidade do jovem, o que está pensando”, disse a jornalista da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), Ciça Lessa, que mediou o debate.

“A língua é parte constitutiva da identidade. Um blog tem características de um diário pessoal, mas não é para ficar na gaveta. Tem um caráter de informação de acordo com quem escreve”, afirmou a especialista em estilística e professora, Guaraciaba Micheletti. “No blog de uma adolescente, toda a subjetividade dela está marcada ali e quem comenta nesse blog também tem o mesmo perfil. Quando são obrigados a fazer seminários na escola, eles se expressam de forma diferente”, completou.

Os debatedores ainda afirmaram que são falsos os temores de que a Internet e as novas redes sociais causaram a morte da língua culta. “Ouvimos que o português vai muito mal, que está em decadência, e que o ‘internetês’ é a prova disso. Mas antigamente escrevia-se em um pergaminho de couro. Como era caro, para aproveitar aquele espaço pequeno, eram utilizados vários sinais. Na Internet, o espaço também é pequeno. As abreviações e símbolos voltaram”, analisou o linguista Ataliba Castilho.

De acordo com o professor titular de português da Universidade Federal do Paraná, Carlos Alberto Faraco, a língua se transformar é algo natural. “Os falantes ajustam às necessidades do seu uso. Na Internet, não tem e nem poderia ter as mesmas características de outras linguagens. É preciso abreviar para dizer muito em pouco tempo”, afirma.

Professores e pais se assustam com as novas linguagens, mas, para Faraco, não há dificuldades para operar com vários tipos de escritas. “O chat e o blog têm características da fala, mas não destroem a linguagem culta”.

Escola x linguagem

Os alunos precisam saber que há a norma culta e atuar com ela, de acordo com a professora Guaraciaba, o que não exclui as linguagens utilizadas na Internet. Para Faraco, os educadores devem atuar em constante ‘tensão’, “porque o jovem precisa perceber que pertencemos a múltiplas tribos. Não podemos cair no monogenismo”.

No entanto, a maioria das escolas brasileiras não tem trabalhado com essa diversidade de escritas. “Progressivamente está surgindo um olhar para as redes sociais. Isso, porque os educadores são de diferentes gerações. Aqueles que estão próximos das práticas novas, certamente fazem esforço para aproveitá-las. Agora, quem não está, não faz o mesmo”, analisou Faraco.

Os especialistas concordaram que a escola está diante de uma encruzilhada, porque tem sofrido uma pressão social grande da difusão do conhecimento, da circulação da informação e da prática da escrita. Ao mesmo tempo, o sistema escolar ainda não tem recursos e meios para se adaptar integralmente, respondendo à situação.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa

Parabéns a todos que participaram das oficinas da Olimpíada de Língua Portuguesa e de modo especial às alunas Sheila Mayumi Moki Anelli e Juliene Rezende Alves dos Santos que estão representando nossa Escola na Fase Municipal. Agora é ficar na torcida pela próxima fase.

Confiram os textos selecionados

Crônica

Cena perturbadora
Talvez esse assunto não interesse muito a você, meu caro leitor. Trata-se de uma cena simples que observei no Parque Ambiental aqui do meu bairro e me motivou a escrever essa crônica.
O Parque Ambiental é cheio de árvores, tem um gramado bem verdinho, sem falar do lago cristalino, uma beleza. O Parque pode não ser o mais bonito de Guaratinguetá, mas é o lugar preferido de muitos. Costumo ir ao Parque para poder relaxar e tirar os maus pensamentos da cabeça. Lá é tudo muito silencioso, tranquilo, uma calma deliciosa.
Bom, numa dessas minhas idas Parque – eu estava péssima aquele dia - vi uma cena que mexeu com meu sossego e me fez escrever aqui poucas essas linhas. Caminhando pelo Parque, observei uma mulher. Tinha a pele morena e era tão magra, mas tão magra que nem sei como descrevê-la. Estava com um casal de crianças. Aqueles olhos famintos chamaram minha atenção. Uma cena perturbadora.
Como eu sempre levo algo para comer, tal como uma fruta, ou algo parecido, pensei em fazer algo de útil na minha vida. Fui até aquela mulher e ofereci as duas maças que havia na minha bolsa. A mulher recusou. Insisti, disse-lhe que podia aceitar, que seu estava sem fome e não tinha porque levar as maçãs de volta. Por fim, aceitou e me agradeceu muito.
Vi como aquelas crianças comeram a fruta com tanto encantamento. Como ficaram felizes! Saborearam cada pedacinho, dividiram com a mãe, que antes de comer agradeceu aos céus pelo banquete do dia. E para mim eram só maças.
Fui embora carregando uma sensação que não sei explicar. Um relaxamento perturbador. Meus problemas, minhas chateações são tão insignificantes diante da vida que levam aquela e tantas outras famílias. Cheguei ao Parque achando que minha vida era a pior de todas saí de lá com um sorriso de agradecimento que poderia alcançar as estrelas do céu de Guaratinguetá.

Sheila Mayumi M. Anelli


Poesia

Guaratinguetá

Vou brincar de ser poeta
Vou falar de Guaratinguetá
A cidade onde eu moro
E sempre irei morar.

É a terra de Frei Galvão
O primeiro santo brasileiro
Que por causa de suas pílulas
É conhecido no mundo inteiro.

Aqui tem festa de São Benedito
O santo cozinheiro, filho de escravos
Sofria de fome, pobreza
Mas tinha Jesus no coração
A sua grande riqueza

Na Festa de São Benedito
Festa muito animada.
- São Benedito é Poderoso!
São Benedito é milagroso!
A tradição da congada.


Nossa terra ficou rica
A partir da época do café.
Plantado pelos barões
Homens distintos da época
Que viviam em ricos casarões.

O nosso rio Paraíba
Também é de Guaratinguetá.
A Terra das Garças Brancas
Onde o antigo lixão
que virou Parque Ambiental
Você irá encontrar.

Juliene Rezende Alves dos Santos

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Olimpíada de Língua Portuguesa

Atenção galera! Na próxima semana vamos saberemos que são os alunos que representarão nossa escola na Fase Municipal da OLP.
Boa sorte aos finalistas!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Em ritmo de Copa de Mundo

Aproveitando a temática da Copa do Mundo, os professores trouxeram para dentro da sala de aula muitas questões como a História da África do Sul, abordando fatores sociais, históricos,políticos e econômicos; história das copas, características dos países participantes. Os alunos puderam pesquisar, planejar, discutir questões polêmicas, produzir cartazes, textos, gingles... Suas criações tomaram conta da Escola, numa festa de cores e harmonia.










domingo, 6 de junho de 2010

Os enigmas da adição

"Qualquer adição a drogas, para ser superada, exige
um esforço sobre-humano, às vezes pelo resto da vida"

Já escrevi sobre esse assunto. Escreverei mais vezes. Observadores, vítimas ou especialistas nesse humano drama, rodeiam na ponta dos pés o enigma de tanto sofrimento. Os viciados em qualquer droga (incluo aí a droga lícita chamada álcool), suas famílias, testemunhas da dor e decadência de pessoas amadas, as vítimas de violência no trânsito ou em casa, todos são matéria de reflexão e perplexidade. Livros, seminários, teses e teorias em abundância são elaborados em cima da primeira pergunta: por que nos drogamos? E a outra grande indagação: como nos salvamos – se nos salvamos – e por que isso é tão difícil?

Nem para uma questão nem para a outra há muita explicação ou lógica. Não é errado dizer que nos drogamos para anestesiar angústia, tristeza e frustração; por onipotência juvenil, do tipo "eu sei me cuidar"; por achar que ficamos mais fortes, mais falantes, mais interessantes. A droga cega para os fatos reais, pois bêbados ou impregnados de outra substância somos importunos, chatos, patéticos. Mas não é só isso: existe um componente imponderável, que chamo voz do vórtice sombrio embaixo dessa escada da vida que tantas vezes subimos pelo lado que desce – ele chama para a autodestruição sem freios. A razão de qualquer vício não está na superfície, não é visível. Muitas vezes mesmo para o mais dedicado terapeuta permanece um enigma, que nem o viciado entende.


Uma vez instalada a adição, o amor da família ou pela família, a ruína financeira, vergonha ou isolamento, pouco adiantam: foi-se o instinto de sobrevivência, último a nos abandonar. Algumas drogas, como o crack (objeto de excelentes campanhas), viciam quase imediatamente. Outras, como o álcool, gozam de criminosa tolerância numa cultura que acha graça dos seus efeitos, ignora seus males e considera natural a propaganda de bebidas, às vezes ligada a esporte ou esportistas. Drogas sintéticas, agora em voga, poriam fim ao poder do traficante, o que não creio. Somos uma geração medicada: remédio para animar, para acalmar, para transar, para sofrer menos, para não sofrer. Para não pensar, talvez: observem mulheres de qualquer classe e idade com aquele típico olhar vazio da "medicada".

Há quem veja no inocente ritual familiar uma das raízes da tragédia: todo mundo bebe, todo mundo brinda; vinho com água para crianças, champanhe na chupeta do que acaba de ser batizado. Não é tão simples assim. Para os mais ignorantes, o primeiro porre na adolescência é um passo iniciático; um pai divide o cigarrinho de maconha com o filho, achando-se liberal; a mãe finge ignorar os olhos injetados, o fracasso na escola. Nem todos entendem que adição, seja de que substância for, não é falta de vergonha ou caráter: é doença grave e sem cura, embora passível de controle. Isso provoca hostilidade, incompreensão e afastamento na família. Além do mais, a maioria dos que bebem ou usam drogas (exceto o crack, que cria dependência quase de imediato) não se vicia, o que torna a questão mais complexa ainda: por que uns sim e outros não?

E como nos salvamos? Qualquer adição, para ser superada, exige um esforço sobre-humano, às vezes pelo resto da existência. A família nem sempre consegue ajudar: o viciado torna-se um estranho, os envolvidos se afastam. Grupos de alcoólicos anônimos e outros são os mais bem-sucedidos, acompanhados de remédios, terapias, quando necessário um período de internação. O medo da morte pode despertar (nem sempre) para a crua realidade; algum novo relacionamento serve de alavanca, se deixar claro: com vício, nada feito.

Os casos de vitória sobre a adição são heroicos; inspiram respeito e admiração; provam que a vida pode superar a morte. Nessa tumultuada arena, a vontade de sair do inferno, o arcaico desejo de sobrevivência, de significado, respeito e reconstrução, às vezes vencem. Ilumina-se o que parecia uma noite definitiva: alguém com alguma ajuda conseguiu abrir a pesada porta para fora dessa prisão, sinal de que outros podem fazer o mesmo.

Lya Luft é escritora

http://veja.abril.com.br/090610/enigmas-adicao-p-028.shtml